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Aconteceu na sede do CRP-PE o primeiro Jornadas Clínicas de 2024

Sexta-feira, dia 22 de março, o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco - 2ª Região (CRP-PE) recebeu, em sua Sede, a primeira edição de 2024 do Jornadas Clínicas.

Como o primeiro tema do ano, o evento, que é uma iniciativa da Comissão de Psicologia Clínica, abordou a Infância em Solo Pernambucano. Reunindo nomes da Psicologia Infantil, a ocasião promoveu uma enriquecedora troca de conhecimentos entre profissionais e estudantes da categoria.

No início da noite, representando a Comissão, Marília Xavier (CRP-02/27.805) introduziu a trajetória do Jornadas Clínicas durante todo o ano de 2023, e apresentou oficialmente a temporada 2024 de eventos do projeto.

Abrindo a mesa de palestrantes, Luana Theresa (CRP-02/25.553) começou recitando um poema sobre sua infância em Pernambuco, e seguiu com a maior parte de sua fala focando na infância de crianças pretas.

Luana destacou as violências que essas crianças sofrem na primeira infância, e fez importantes aprontamentos para a reflexão sobre o tema.

“Não ter espaço de reconhecimento nas mídias, desenhos e filmes, não se sentir bonito, não ser aprovado por adultos, não se reconhecerem em seus traços não brancos. Quem eu quero ser quando eu crescer? Quem eu posso ser quando eu crescer? Os maiores índices de abandono escolar tem cor, tem raça, e também tem classe”, finalizou a psicóloga.

Dando seguimento, Rodrigo Lira (CRP-02/20.655) abordou o tópico de crianças trans em Solo Pernambucano. Citou também a sua própria infância, destacando o o discurso do opressor e do oprimido. Rodrigo transmitiu, ainda, um vídeo para o público presente de um debate na Câmara dos Deputados, intitulado “crianças trans não existem”.

Finalizou atentando para os cuidados e a importância do tratamento infantil.“Queremos que as crianças sejam adultos perfeitos. Crianças são corrigidas antes mesmo de errar”, pontuou.

Lucas Sobreira (CRP-02/15.672) prosseguiu falando sobre a Psicanálise e seu trabalho como psicólogo infantil. Trazendo dois casos clínicos, ele indagou: “diagnóstico para a família ou para a criança?” Quando damos o diagnóstico da criança, ela não deve ser a única com diagnóstico, pois não vive só”.

Lucas apontou, ainda, a questão de sofrimento parternal e ausência familiar.

“Nosso lugar de cuidado é um lugar específico, um lugar de saúde mental. Os jovens precisam estar nesse lugar, é um lugar de extrema importância”, finalizou.

Já encaminhando para a finalização do momento, após os convidados da mesa apresentarem seus apontamentos, uma abertura para perguntas, respostas e trocas foi feita com o público.

No final, Thais de Lima Silva (CRP-02/27805) e Lucas, integrantes da Comissão de Psicologia Clínica, fizeram o encerramento do evento agradecendo a todas as pessoas presentes e enfatizando a importância de abordar um tema como a Psicologia Clínica Infantil.

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