O Ministério da Saúde, adverte: Às vezes praticamos o racismo e nem percebemos.O racismo está presente no nosso cotidiano. Está arraigado, naturalizado. É automático. Está na fala, no vocabulário, nas imagens que inundam nossos olhos. Está nas letras de música, nos ditados, no nosso imaginário, no nosso inconsciente.
Por isso, o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco – 2ª Região (CRP-02) através da Comissão de Enfrentamento ao Racismo, e alusivo ao mês dedicado a Consciência Negra, apresenta algumas dicas para alertar a categoria sobre algumas expressões que devem ser evitadas. Estejam antenados contra o racismo:
• “Cabelo bom e cabelo ruim” – quem nunca ouviu essas expressões que costumam causar sofrimento para as crianças negras? Imagine o que é dizer para uma criança que ela tem o “cabelo ruim”, enquanto diz a sua coleguinha que ela tem o “cabelo bom”? Ora, se o cabelo dela é ruim, logo ela é ruim e irá querer ser boa. É o caminho para o alisamento.... Reflitam: não existe “cabelo bom”, nem “cabelo ruim”! O que o cabelo fez pra ser bom ou ruim? Ele matou? Roubou? Fez caridade? NÃO! O que existem são cabelos crespos, lisos, encaracolados, cacheados, etc. E, na realidade, se fôssemos dar um valor de bom ou de ruim para o cabelo, seria o contrário. Afinal, qual a função dos pelos no nosso corpo? Proteção. O cabelo crespo protege a cabeça mais ou menos que o cabelo liso? Pense nisso!
• “Lista negra”, “fase negra”, “ovelha negra”, “humor negro”– São expressões que reportam a negatividade. A “lista negra” contém nomes ou contatos rejeitados, que expõem pessoas indesejadas ou ruins. Quando se faz referência a uma fase ruim da vida, diz-se que se está passando por uma “fase negra” da vida. Se é alguém da família que não quer estudar, trabalhar, ir de acordo com os princípios e regras familiares, chamam “ovelha negra” da família. Se a piada é demasiadamente pejorativa, se trata do “humor negro”.A palavra “negro” geralmente é utilizada para atribuir aspectos de ruindade, ou negatividade. No caso das religiões, atribuem inclusive o demoníaco. Quando esta figura nem existe nas religiões de Matrizes Africanas.
• Denegrir –A negatividade foi tão naturalizada que até o vocabulário aderiu: tornar negro, nesse caso, significa prejudicar a imagem, diminuir.
• “Inveja branca” – Inveja é bom? Nunca! Mas o acréscimo da palavra “branca” atribui benignidade para a inveja. Para referir que se trata de uma inveja que pode, que é boa...
• “Esclarecer”, “esclarecimento”, “clarear”–Como diriam as/os Psicólogas/os Negras/os que participaram do 9º Congresso Nacional da Psicologia – CNP, em construção de moção de repúdio a essas palavras que operam um “desserviço às lutas do movimento negro”, são “inadequadas e preconceituosos com a questão racial”, reproduzindo “a lógica colonial em contraposição a um projeto de sociedade equânime”.A palavra “esclarecimento” pode ser facilmente substituída por outras mais adequadas, como “informação”, “elucidação”, “explicação”, etc.
Essas são palavras e expressões que devem ser totalmente e verdadeiramente abolidas!
Essa é a mensagem da referida Comissão do CRP-02. Vamos nos esforçar para mudar a nossa forma de falar, com vistas a uma sociedade menos racista e menos desigual nos próximos anos.
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