Em alusão ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) oficialmente todo dia 03 deste mês, desde 1992, o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco 2ª Região (CRP-PE) traz uma reflexão proposta para todos os dias do ano, não só sobre esta questão, como também quanto a situação da pessoa com Mobilidade Reduzida. Uma vez que, acredita-se, em algum momento da vida, todas as pessoas podem se deparar com alguma particularidade que pode afetar a mobilidade.
Conforme dados da Fiocruz, 16% da população mundial apresenta algum tipo de deficiência. No Brasil não é diferente, pois há 18,6 milhões de pessoas deficientes, segundo indica pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) –, ou seja, 8,9% da população. Apesar das políticas públicas para inclusão do referido público nos espaços sociais, econômicos, políticos, culturais e ainda, no trânsito, sabemos que muitas ações ainda precisam ser feitas, para que sejam acessíveis em todas as áreas, tendo em vista que impactam no cotidiano.
Muitos até deixam de desenvolver atividades laborais por falta de acessibilidade, ou até mesmo inacessibilidade do transporte público, que ainda não apresenta índice satisfatório para atender essa demanda bastante considerável, principalmente para as pessoas idosas, que é uma parcela considerável dos que transitam enquanto pedestres, e por essa razão lideram o índice de atropelamento no país, segundo informações do Observatório Nacional de Segurança Viária, o índice de atropelamentos na faixa de idosos chega a 36%.
O mais preocupante é que dados do IBGE, apontam que até 2060 o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5% da população. Também é nessa faixa etária que mais acontecem atropelamentos e lesões por quedas da mesma altura e, consequentemente com internações mais prolongadas e com maior número de intercorrências, sendo observado que alguns idosos passam a apresentar sinais de humor deprimido, por estarem em ambiente hospitalar.
Diante desse cenário atual, é necessário que possamos desenvolver uma autoconsciência prévia, uma vez que, num futuro próximo, a maioria de nós, poderá estar vulnerável ao surgimento de algum tipo de deficiência e mobilidade reduzida, seja ela temporária ou permanente. Faz-se necessário, para nós profissionais da Psicologia, ajudarmos na conscientização da população, que algumas atitudes simples podem colaborar para que essa fase se torne menos traumática para a população atingida.
Estudos destacam que as barreiras para a acessibilidade são grandes e que estas são classificadas sob três aspectos conceituais, são elas: as Barreiras arquitetônicas (quaisquer obstáculos que impedem as pessoas de desfrutarem e ocuparem os espaços físicos), as Comunicacionais (que tem uma dimensão ainda muito alta para as pessoas surdas ou com deficiência auditiva, cegas ou com baixa visão, com deficiência intelectual, dentre outras), e as Atitudinais (as mais difíceis de se perceber e que são erguidas por nós mesmos. Mas, por sorte, elas são as mais fáceis de se derrubar, e as que trazem maior impacto para a vida das pessoas).
Experiências e práticas anteriores mostram que algumas ações são relevantes. Para cuidados internos, ou seja, em casa, podemos citar: alargamentos das portas, rampas de acessibilidade, retiradas de tapetes, colocações de barras nos banheiros, evitar objetos de vidros ou perfurantes pela casa, e iluminação adequada. Para cuidados externos, ou seja, nas cidades, precisamos ter: calçadas regulares, semáforos com espaço de tempo adequado para a travessia e sinalização apropriada em centros urbanos. Pensando dessa forma, torna-se imprescindível a implementação de Políticas Públicas que possibilitem um projeto de acesso urbano mais humanizado nas cidades e no país.
Neste contexto, a nossa categoria, tem a responsabilidade de exercitar esse olhar de cuidado com o outro, bem como contribuir com pesquisas, em trabalho conjunto com o Conselho de Psicologia, para a criação e implementação de Políticas que possam proporcionar a cada indivíduo com deficiência ou mobilidade reduzida, o direito de exercer plenamente sua cidadania.
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